Texto base: Marcos 13.
1- O FATO DE SUA
VINDA
É mencionada
mais de 300 vezes no N.T.; só Paulo refere-se ao evento umas 50 vezes.
Epístolas inteiras 1 e 2 Ts e capítulos inteiros Mt 24; Mc 13, são dedicados ao
assunto.
2- A MANEIRA DE
SUA VINDA
Será de maneira
pessoal, Jo 14:3; At 1:10-11; 1Ts 4:16; literal, visível e gloriosa.
Há interpretações
que procuram evitar a opinião de que a vinda de Cristo seja pessoal e literal.
Alguns ensinam que a morte é a segunda vinda de Cristo. Mas a Bíblia mostra que
a segunda vinda é o contrário da morte, pois os mortos em Cristo ressuscitarão
nessa ocasião.
3- O TEMPO DA
SUA VINDA
Tentativas houve
para determinar a data da vinda de Cristo, mas em nenhuma delas o Senhor veio
na hora marcada pelos homens! Ele declarou que o tempo exato de sua vinda está
oculto nos conselhos divinos, Mt 24:36-42; Mc 13:21,22. É bom que seja assim.
Quem gostaria de saber com antecedência a hora exata de sua morte? Tal
conhecimento teria o efeito de perturbar e inutilizar a pessoa.
Vemos agora uma
visão geral do ensino de Cristo sobre o tempo de sua vinda:
- Após a destruição
de Jerusalém (ano 70 d.C.) os judeus seriam desterrados entre todas as nações,
expulsos de sua terra, a qual passará a ser subjugada pelos gentios até ao fim
dos tempos, quando Deus julgará as nações gentias, Lc 21:24.
- Durante este
período os servos de Cristo levarão sua obra avante, Lc 19:11-27, pregando o
Evangelho a todas as nações, Mt 24:14.
- Será um tempo
de demora durante o qual muitas vezes a igreja será tentada a duvidar do
retorno do seu Senhor, Lc 18:8, quando alguns se prepararão outros se tornarão
negligentes, enquanto o Noivo demora, Mt 25:1-11.
- Ministros
infiéis desviar-se-ão, dizendo consigo mesmos: "O Senhor tarda a
vir", Lc 12:45; Mt 25:19.
O dia e a hora
nenhum dos seus discípulos sabe, Mt 24:36,42,50, o Senhor repentinamente
aparecerá para ajuntar seus servos e julgá-los segundo as suas obras.
4- O PROPÓSITO
DA SUA VINDA
a) Em relação à
igreja
Na primeira
vinda ele foi revelado como o Menino de Belém; mais tarde como o Cordeiro de
Deus, ao ser batizado, e como o Redentor no Calvário. Na segunda vinda
aparecerá aos seus secreta e repentinamente para trasladá-los as Bodas do
Cordeiro, Mt 24:40-41.
Essa aparição
chama-se o arrebatamento "Parousia" (que significa
"aparição" ou "presença" ou "chegada" na língua
grega).
Após o
arrebatamento, segue-se um período de terrível tribulação, que terminará na
revelação ou manifestação aberta de Cristo proveniente do céu, quando ele
estabelecerá seu reino Messiânico sobre a terra.
b) Em relação a
Israel. Aquele que é a Cabeça e Salvador da Igreja, do povo do céu, é também o
prometido Messias de Israel, do povo terrestre. Como Messias ele libertará esse
povo da tribulação, congregá-lo-á dos quatro cantos da terra, restaurá-lo-á na
sua antiga terra e sobre ele reinará como seu, há muito prometido, Rei sobre a
Casa de Davi.
c) Em relação ao
anticristo. O Espirito do anticristo já está no mundo, 1Jo 4:3; 2:18; 2:22, mas
ainda virá outro anticristo final, 2Ts 2:3. Nos últimos dias ele se levantará
dentre o velho mundo, Ap 13:1, e tornar-se á o soberano sobre o Império Romano
ressuscitado que dominará todo o mundo. Assumirá grande poder político, Dn
7:8,25, comercial, Dn 8:25; Ap 13:16,17, e religioso, Ap 17:1-15.
Sabendo que os
homens desejam ter alguma religião, ele estabelecerá um culto baseado na
divindade do homem e na supremacia do Estado. Como personificação desse Estado,
ele exigirá o culto do povo, e formará um sacerdócio para fazer cumprir e
promulgar esse culto, 2Ts 2:9-10; Ap 13:12-15.
As Escrituras
prevêem que esses conflitos futuramente chegarão ao seu ponto máximo. A última
civilização será anti-Deus, e o anticristo, seu chefe, o ditador mundial,
tornará as leis desse super estado supremas sobre todas as demais leis, e
exigirá o culto à sua pessoa como a personificação do Estado. As mesmas
Escrituras predizem a vitória de Deus e que sobre as ruínas do império mundial
anticristão, ele levantará seu reino no qual Deus é Supremo - o Reino de Deus,
Dn 2:34,35; Ap 11:15; 19:11-21.
d) Em relação às
nações. As nações serão julgadas, os reinos do mundo destruídos, e todos os
povos estarão o sujeitos ao Rei dos reis e Senhor dos senhores, Dn 2:44; Mq
4:1; Is 49:22,23.
Cristo regerá as nações com vara de ferro;
tirará toda a opressão e injustiça da terra e inaugurará a Idade Áurea de mil
anos, Sl 2:7-9; Is 11:1-9; Ap 20:6; 1Co 15:24.
Há três estágios
na obra de Cristo como Mediador: Sua obra como Profeta, cumprida durante seu
ministério terrestre; sua obra como Sacerdote, começada na cruz e continuada
durante a dispensação atual; e sua obra como Rei, começando com a sua vinda e
continuando durante o Milênio. Depois do Milênio terá cumprido sua obra de unir
a humanidade a Deus, de forma que os habitantes do céu e da terra formem uma só
grande família onde Deus será tudo em todos e estará em todos, Ef 1:10;
3:14,15. Contudo, Cristo continuará a reinar como o Deus-homem, e partilhará do
governo divino, "pois seu reino não terá fim", Lc 1:33. Amém!
5- ENSINO DA
VIDA ALÉM TÚMULO
O N. T.
reconhece a existência no além túmulo, na qual a vida espiritual continua sob
novas e melhores condições. Entrar nessa vida é o supremo alvo do homem, Mc
9:43. Aceitando o próprio Cristo, o ventre já na vida presente passou da morte
para a vida, Jo 3:36. Isso, entretanto, é somente o princípio; sua plenitude
pertence a existência que começa com a "ressurreição da vida", Jo
5:29. Existe uma vida vindoura, 1Tm 4:8; agora está oculta, mas se manifestará
quando Cristo que é nossa vida, aparecer, Cl 3:4.
A morte física
não pode interromper a comunhão entre o cristão e seu Senhor, Jo 11:25,26. Com
essas palavras Jesus assegurou a Marta e Maria que seu irmão não havia perecido,
mas estava seguro.
Aqueles que
estão "em Cristo", 1Ts 4:14-17, não podem ser separados dele nem pela
vida e nem pela morte, Rm 8:38. Para aquele que viveu conscientemente na
presença de Cristo, ser separado de Cristo pela morte é coisa impossível. Para
aqueles que estão unidos ao amor de Deus, é inconcebível separar-se desse amor
para entrar num estado do nada e desolação.
6 - O DESTINO
DOS JUSTOS
a) A NATUREZA DO
CÉU
Os justos são
destinados à vida eterna na presença de Deus, Deus criou o homem para ser ele
conhecido pelo homem, amado e servido por ele no presente mundo, como também
gozar eternamente de sua presença no mundo vindouro.
O céu
descreve-se por vários títulos:
1) Paraíso
(literalmente, jardim), lembrando-nos a felicidade e o contentamento dos nossos
primeiros pais ao participarem de comunhão e conversação com o Senhor Deus, Ap
2:7; 2Co 12:4.
2) "Casa de
meu Pai", com suas muitas mansões, Jo 14:2, expondo o conforto, descanso e
comunhão do lar.
3) O país
celestial, a caminho do qual estamos viajando, como Israel naquele tempo se
destinava a Canaã, a Terra da Promissão, Hb 11:13-16.
4) Uma cidade,
sugerindo a idéia duma sociedade organizada, Hb 11:10; Ap 21:2.
Devemos
distinguir as três seguintes fases na condição dos cristãos que partiram desta
vida:
1) Existe um
estado intermediário de descanso enquanto aguardam a ressurreição;
2) Depois da
ressurreição segue-se o juízo sobre as obras, 2Co 5:10; 1Co 3:10-15;
3) Ao fim do
Milênio descerá do céu a Nova Jerusalém, o lar final dos remidos, Ap 21. A Nova
Jerusalém descerá do céu, faz parte do céu, e, portanto, é o céu no pleno
sentido da palavra.
Porque desce
essa cidade do céu? O propósito de Deus é trazer o céu à terra, Dt 11:21. Ele
tornará "a congregar em Cristo todas as coisas, na dispensação da
plenitude dos tempos, tanto as que estão nos céu como as que estão na
terra", Ef 1:10; então Deus será "tudo em todos", 1Co 15:28.
Embora a Nova Jerusalém não chegue até a terra, ela será visível aos moradores
terrestres, pois a nações "andarão à sua luz", Ap 21:24.
b) AS BÊNÇÃOS DO
CÉU
1) Luz e beleza,
Ap 21:23; 2:5. A melhor linguagem humana é inadequada para descrever as
gloriosas realidades da vida futura. Nos capítulos 21 e 22 do Apocalipse o
Espirito emprega linguagem que nos ajuda a compreender algo das belezas do
outro mundo.
2) Plenitude de
conhecimento, 1Co 13:12. Todos temos o desejo de conhecer tudo. No céu esse
desejo será satisfeito absolutamente; os mistérios do universo serão
desvendados; problemas teológicos difíceis desvanecerão. Então gozaremos de
melhor qualidade de conhecimento - conhecimento de Deus.
3) Descanso, Ap
14:13; 21:4. Pode-se formar certa concepção do céu contrastando-o com as
desvantagens da vida presente.
4) Servir.
Existem pessoas acostumadas a uma vida muito ativa que não se interessam pelo
céu, pensando que o céu seja um lugar de inatividade onde seres etéreos passem
o tempo todo tocando harpa. É verdade que os redimidos tocarão harpas, pois o
céu é lugar de música. Haverá trabalho também, Ap 7:15; 22:3.
5) Gozo, Ap
21:4. O maior prazer experimentado neste mundo, ainda não expressariam o gozo
que espera os filhos de Deus nesse reino.
6) Estabilidade.
O gozo do céu será eterno. Saúde permanente, paz permanente e prosperidade
permanente. A felicidade no céu é justamente a divina promessa de que o gozo
nunca há de terminar nem diminuir de intensidade.
7) Gozos
sociais, Hb 12:22,23; 1Ts 4:13-18. Por natureza, o homem é um ser social. O
homem solitário é anormal. Se na vida presente os gozos sociais proporcionam
tanta felicidade como não será muito mais gloriosa a amável comunhão social no
céu.
8) Comunhão com
Cristo, Jo 14:3; 2Co 5:8; Fl 1:23; 1Pe 1:8. Naquele dia seremos como ele é; os
nossos corpos serão como seu corpo glorioso; nós o veremos face a face.
Jesus te ama, aceite-o por teu único e suficiente
Salvador